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domingo, 7 de novembro de 2010

Nascimento


O sangue das canetas espalhado no papel é como o Pégaso que nasce do corpo decapitado da Medusa.

É como costela subtraída do peito para moldar a Mulher; como escroto do titã de onde irrompe a deusa do amor.

É música que nasce de latas de lixo, panelas enferrujadas e pedaços de pau.

É o feio, o estranho, o temido. O esterco onde germina a flor.

O sangue das canetas manchando o papel é extinção do mortal no poeta, para que o divino da arte possa nascer.

E.

Um comentário:

  1. Eu gostei do tom de transformação e nascimento do que vc escreveu!

    Tem um presente para vc no meu blog, dps passa por lá.

    Abraços

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